quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

O que nos move é o Amor (Texto de 2009)

(Em 2009 escrevi sobre o amor que sempre senti. Pela minha vida e pelo meu trabalho. Quem não está na Educação "por acaso", está por amor. E em 2009 Deus deu-me a graça de trabalhar com pessoas que amavam o que faziam... O texto é, ao mesmo tempo, particular e público. Todo mundo que sente o coração bater mais forte quando olha pros meninos e meninas das Escolas vai encontrar-se nele.)

O que nos move é o Amor, soberano, absoluto, transcendendo tudo, grandioso a observar-nos do alto dos nossos corações.
Estamos na luta por amor à causa, sempre fomos assim: na infância, um amor inexplicável pelos brinquedos – mesmo os mais quebrados! - e na adolescência os Professores, os amigos, aquele menino da rua ao lado, como explicar? E eram uns corações que não cabiam no peito, que explodiam pulsando quando começava a aula de Ciências ou Matemática (a gente não gostava da matéria, mas amava o Professor!), ou quando se reuniam os amigos pra conversar, ou quando mamãe pedia pra fazer alguma coisa na rua ao lado.
Eu me apaixonei infinitas vezes! Pelos brinquedos (embora nunca tenha podido quebrá-los), pelos Professores (pelo menos um por ano!), pelos meus amigos (eu amo vocês!), e por muitos meninos de muitas ruas ao lado da minha (mudei-me umas três vezes, Graças a Deus!).
Quem seríamos nós, se não fosse o amor que nos move? Quem?
E não é que é este amor bagunçador que nos mantém na profissão? Estou aqui relembrando nosso último encontro e só vejo amor, amor, amor! Preocupados com o trabalho, com o destino que devemos dar a ele, mas preocupados, preocupados, preocupados. Deixamos os filhos em casa e nos preocupamos com o trabalho. Quebramos o pé, mas nos preocupamos com o trabalho. Nos casaremos muito em breve, mas nos preocupamos com o trabalho. Temos trezentos empregos, o despertador agora nos invade pela madrugada, mas nos preocupamos com o trabalho... E amamos tanto o que fazemos!
Aproveitei a oportunidade de um ócio forjado para lhes escrever esta carta de amor. Devíamos ter tirado as fotos na praia, a vida deveria ser feita só de fotos na praia, não podemos perder a chance de fazê-lo hoje. Porque estávamos todos juntos, e a gente nunca sabe quando vai estar junto outra vez.
Revistam-se de amor, porque é de amor que Deus se reveste todos os dias para nos abençoar. E é Ele mesmo quem nos pede todo dia para amarmos nosso semelhante como a nós mesmos - olha que pedido grandioso, difícil de atender?
Exercitemos. Revistam-se desse amor e adentrem suas casas, escolas, destinos...  Tá tudo lá, parado, esperando por Amor, do mesmo jeito com que esperamos alcançar os brinquedos, ou começar a aula de Ciências, ou encontrar um amigo, ou passar na rua ao lado.
Depois de completar meus quarenta e um anos estou certa disto. Posso não ter chegado muito longe, mas amei incansavelmente! E foi a única coisa que pedi a Deus quando assoprei as velinhas do meu bolo: pra Ele me transbordar de amor, multiplicar o amor que tenho, porque tenho muita gente ainda pra amar!

Um comentário:

  1. Nossaaaaaaaaaaaa!!! Como é bom poder reviver aqueles momentos. Sua danadinha (danadinha pq vai pegar mal postar um palavrãozinho rs), seu texto levou-me de volta àquela reunião. Vejo nitidamente o Tiago, a Gi, a Fernanda... Vejo-me! Ah, quero voltar prá lááááááá. Buáááááá Mas sabe de uma coisa? Relendo esta carta, sobretudo quando fala da foto q não tiramos na praia, embora tenhamos tentado algumas vezes, reforço a máxima q "não devemos deixar p amanhã o q podemos fazer hj". Então, hj quero dizer o quanto a amo, o quanto aprendi com vc em todos os momentos em q estivemos juntas, o quanto vc escreve bem, o quanto me divirto com suas palhaçadas, o quanto a acho tola com sua fraca ideia de ápice, o quanto vc me irrita quando faz comentários sobre o Flamengo, o quanto gostaria que ficasse com um filhotinho da Maria Eugênia e o quanto peço a DEUS que "seje" (Calma, minha gente, esse errinho é só uma palhaçadinha nossa)muito feliz! Beijinhosssss

    ResponderExcluir